Encarar a vida como ela é, e não como queremos que ela seja. Entender que cada dia é uma oportunidade de seguir adiante, de vencer ou pelo menos lutar. Encarar cada desafio como uma oportunidade de crescer, entender que todos temos limites que não devemos ignorar, pois cairemos no risco de ultrapassar aquilo que somos, sem possibilidade de voltar atrás e consertar as marteladas nas paredes erradas.
Ver nos erros, não muralhas intransponíveis para a redenção, mas sim espinheiros que plantamos em nossas falsas ilusões, os quais nós mesmos iremos arrancar, com o o nosso esforço e dedicação. E ver que por conta própria, não se chega a lugar nenhum. A força de vontade é sincera, mas a nossa visão e nossos "sentidos" nos enganam, levando-nos a sendas de dor e provações, que só nos trazem mais e mais sofrimento.
Deixar-se guiar pela luz que ilumina nossos corações, ter a humildade de aprender, de pedir perdão, e de olhar a vida com os olhos de uma criança. Ver no outro uma extensão de si mesmo, e entender que não se está sozinho neste mundo e, mais que isso, que tudo que fazemos volta para nós mesmos de alguma forma, sejam coisas boas ou ruins.
Entender que o mundo faz parte de nós e nós dele, e que sem ele não se é nada, pois a Terra é nosso lugar de existência. Passar das palavras às ações, sem necessariamente ter certeza da vitória, isso é fé, e move montanhas de estagnação dentro de nós. Estender a mão para ajudar, e também ver quando é preciso que nós estendemos nossas mãos para sermos ajudados.
Tudo isso, todas essas coisas e outras mais, vividas em cada momento de nossas vidas, constituem nas mais ínfimas partes, um homem de verdade. Com caráter, dignidade e sabedoria. E isso, isso não se constrói de um dia para o outro.
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